Redução de 38% da área tombada pelo Iphan preocupa população de Petrópolis
- Conceito comElaineRibeiro
- 25 de jul.
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) avalia rever o tombamento do bem cultural “Avenida Koeler: Conjunto Urbano-Paisagístico”, localizado no Centro de Petrópolis, cidade serrana onde História e natureza interagem na construção da identidade local. A possibilidade de revisão da área protegida pelo órgão tem levado a população à acaloradas discussões, por receio de destombamento – algo que o instituto nega. A informação foi adiantada pelo colunista Ancelmo Gois (O GLOBO).
A revisão proposta pelo órgão exclui da área tombada parte dos principais rios que passam por Petrópolis, além de alguns de seus afluentes e o trecho de 100 metros a partir de cada margem. Por outro lado, o instituto diz que aumentará a área protegida no Centro Histórico, incluindo morros do seu entorno. Da área atualmente protegida, 11. 89 km² ficariam 7,35 km² – uma retração de 38,18% da área tutelada pelo órgão. O cálculo é baseado em uma nota técnica anexada ao processo, como repercutiu o jornal.
Apesar do conjunto urbanístico oficialmente incluir a Avenida Koeler, o Iphan destaca que a via, que homenageia o militar alemão Júlio Frederico Koeler, criador do plano urbanístico sobre o qual se organizou a cidade, e a área do Centro, onde ficam casarões e palácios históricos, continuarão protegidos.
Os moradores de Petrópolis, no entanto, temem que uma possível redução da área protegida dos rios leve à construção de empreendimentos imobiliários, intensificando ainda mais a descaracterização da harmonia urbanística da cidade, impactando o trânsito já caótico nas principais vias e pressionado o meio ambiente nas áreas ribeirinhas.
Ao jornal O Globo, Myriam Born, que liderou a Associação de Moradores do Centro Histórico da cidade durante anos, ressaltou que a população receia que a qualidade de vida na cidade retraia ainda mais, caso a proposta do Iphan se concretize.
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