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Os corantes alimentares artificiais estão fora de moda. O que vem a seguir?


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Nos Estados Unidos, a FDA planeja eliminar os corantes sintéticos derivados de petróleo até o fim de 2026, e já proibiu o uso do Red Dye No. 3 (Eritrosina) desde janeiro de 2025 por potencial carcinogênico.

Grandes empresas, como General Mills, Kraft Heinz, Bimbo e J.M. Smucker, vêm antecipando essa transição, planejando eliminar esses corantes de seus produtos entre 2026 e 2027.


Cereais matinais são expostos para venda, enquanto o Secretário de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., juntamente com o Comissário da FDA, Marty Makary, anunciam a intenção da FDA de remover do fornecimento de alimentos dos EUA os corantes alimentares "sintéticos à base de petróleo", que estão presentes em vários alimentos, como cereais matinais, doces e biscoitos.
Cereais matinais são expostos para venda, enquanto o Secretário de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., juntamente com o Comissário da FDA, Marty Makary, anunciam a intenção da FDA de remover do fornecimento de alimentos dos EUA os corantes alimentares "sintéticos à base de petróleo", que estão presentes em vários alimentos, como cereais matinais, doces e biscoitos.

Corantes naturais já aprovados

A FDA autorizou novos pigmentos naturais, como:

  • Anthocyanina de flor de ervilha-borboleta, extratos de algas vermelhas (Galdieria), e azul de genipina derivado da Gardenia — aplicáveis em bebidas, doces e chás.


"Nós cultivamos as algas e produzimos muitas delas em condições que produzem uma grande quantidade dessa molécula específica - a azul", diz o Sr. Griffiths.

O pigmento pode ser usado em qualquer alimento ou bebida, e o Sr. Griffiths espera que os primeiros produtos usando o azul de Galdieiria estejam nas prateleiras das lojas no início do ano que vem.


Tecnologias para remoção de corantes

Adsorção com materiais biológicos

Uma revisão recente indicou o uso de biomateriais como alga, fungos e resíduos agroalimentares (como cascas de frutas) para adsorção eficaz de corantes em efluentes, reduzindo perigos ambientais.


Nanoadsorventes e fotocatálise verde

Pesquisas destacam nanopartículas de óxidos metálicos (como ferro) e fotocatálise com nanopartículas verdes para degradar corantes alimentícios:

  • Nanocompósitos de óxidos de ferro/carbono com capacidade de até 45 mg/g para corantes catiônicos e aniônicos via adsorção.

  • Uso de fotocatálise com nanopartículas sintetizadas de forma sustentável mostrou-se eficiente na degradação total de corantes alimentícios em água residual sem gerar subprodutos tóxicos.


Biodegradação fúngica (Mycoremediação)

Fungos como Pleurotus spp. e Aspergillus niger são capazes de decompor corantes tóxicos como Congo Red e malachite green, por meio de enzimas lignolíticas — método barato e ambientalmente amigável.


Panorama da indústria e desafios

  • A transição para corantes naturais apresenta desafios técnicos: menor estabilidade, alteração de sabor, variações de cor e menor oferta, impactando custo (até +10–20%) 

  • Além disso, algumas reformulações anteriores, como na versão natural do cereal Trix, encontraram resistência do consumidor por perda da intensidade da cor.


Comparativo de abordagens

Abordagem

Vantagens

Limitações

Corantes naturais aprovados

Seguro, limpo e aceitação crescente

Elevado custo, instabilidade de cor

Adsorção biológica

Efetiva para tratamento de efluentes

Ainda em escala laboratorial

Nanopartículas e fotocatálise

Alta eficiência e degradação completa

Necessita infraestrutura e custo

Biodegradação fúngica

Sustentável e de baixo custo

Eficiência variável por tipo de corante

Resumo Final

  • Há forte movimento global (e EUA em particular) para eliminar corantes sintéticos nos alimentos até 2026, com proibição do Red No. 3 e planos para remover os principais.

  • Empresas e reguladores estão atuando em duas linhas: reformulação com corantes naturais e tecnologias de remoção eficientes em efluentes industriais.

  • Pesquisa científica avança em adsorção biológica, fotocatálise verde e biodegradação fúngica para tratar o uso excessivo ou descarte dos corantes sintéticos.

  • Desafio atual envolve garantir cor, estabilidade, sabor e acessibilidade sem comprometer a saúde ou o paladar do consumidor.


Como fica o uso de corantes no Brasil

No Brasil, o uso de corantes alimentícios ainda é permitido, mas é rigidamente regulado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A agência classifica os corantes em naturais e artificiais (sintéticos), exigindo a declaração obrigatória no rótulo e respeitando limites de ingestão diária aceitável (IDA). Fonte:bbc.com com base em pesquisas feitas em ferramentas de ia

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